Desde o início dessa gestão
percebe-se a dificuldade da titular da pasta em lidar com a gestão democrática
não somente no âmbito das relações pessoais, mas inclusive no contexto das
relações institucionais. A palavra chave da gestão democrática se chama diálogo
e participação. Dialogar significa saber ouvir o outro a partir do seu ponto de
vista, ou, se colocando no lugar do outro. Entretanto, a postura, às vezes,
arrogante de achar que sabe tudo e que
não tem nada para aprender, acaba reforçando preconceitos e revelando a própria
pequenez de caráter e de inteligência.
A omissão deliberada em não
responder documentos do Conselho Municipal de Educação, por parte da Secretária
Municipal de Educação, fragiliza e coloca em risco o pacto legal, institucional
e ético que fundamentam as relações entre os órgãos, profissionais e
representantes dos diversos segmentos.
É preciso restaurar o diálogo institucional e esse
deve ser entendido no contexto do espírito da Lei nº8053/2000 que criou o
Sistema Municipal de Ensino autônomo em São José do Rio Preto. Por esta lei o Conselho Municipal de Educação
é órgão normativo, deliberativo, fiscalizador e de assessoria à Secretaria
Municipal de Educação. Portanto, o Presidente do CME deve “chamar a secretária às
falas” no sentido de resguardar, defender e colocar em prática a gestão
democrática e o cumprimento de suas funções e responsabilidades
constitucionais, no âmbito do sistema municipal de ensino. Ter uma conversa com
a Secretária é uma coisa. Ter uma conversa institucional é outra.
Nenhuma secretária que ocupou a titularidade desta pasta foi tão longe na omissão e desconsideração às proposições do conselho municipal quanto a secretária atual.